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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estudo de caso

O imóvel da intervenção em Congonhas está localizado em uma área com grande relevância mundial. Uma pequena edificação à direita do jardim da Basílica do Senhor Bom Jesus, onde estão presentes seis capelas com os passos da paixão de Cristo, esculpidos por aleijadinho. No topo do jardim, parte alta da cidade, encontra-se a igreja, construída entre os anos de 1757 e 1790 e os 12 profetas em seu adro. O conjunto é tombado pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade e ganhou também o título de imagem de Minas há alguns anos.


Basílica do Senhor BOm Jesus de Matozinhos em Congonhas - MG

As casas do Beco dos Canudos são do final do século XIX e início do XX. Construídas com a finalidade de abrigar os romeiros e visitantes do santuário. Após a construção da romaria, acabaram perdendo sua finalidade inicial, e se tornaram moradias e repúblicas, até que se estabeleceu o uso comercial como loja de artesanato para todas elas.O beco e as casas são tombados pelo município, pois além de serem entorno da grande obra, também fazem parte da história da cidade.


Em agosto de 2010, uma das casas situadas no Beco dos Canudos sofreu um incêndio que a destruiu parcialmente. A falta de manutenção prejudicou ainda mais o que restou do imóvel, que se encontra hoje, com grande parte das paredes ruídas.



As imagens retratam o estado do imóvel no mês de março de 2011.


A partir de levantamentos, notou-se que grande parte do imóvel em questão já foi reformado, tendo várias partes reconstruídas, ou até mesmo substituídas por materiais novos como cimento ou concreto armado.


A imagem mostra uma viga de concreto apoiando a parede triangular de tijolos maciços.

A proposta de intervenção para a casa é algo marcante, que diferencie bem o antigo do contemporâneo, porém a mesma deve ser singela, tomando cuidado para não chamar mais atenção que a basílica, obra principal do conjunto.

Antigo X Contemporâneo

Museu do Parque do Caraça


Sua construção é datada do século XVIII, entre 1774 e 1779, a reserva servia como colégio interno.


Após um incendio, as ruínas foram transformadas em um museu, a partir da intervenção elaborada por Rodrigo Meniconi em 1986.



Conjugando concreto aparente, aço e vidro, o arquiteto consegue marcar sua intervenção reforçando o contraste entre antigo e contemporâneo, sem se destacar na paisagem.





Embora os materiais sejam diferentes, a intervenção está em plena harmonia com o conjunto.






Hoje as edificações do local são tombadas pelo IPHAN e a serra foi declarada monumento natural do estado de Minas Gerais.